Com a 10ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, Minas supera o próprio recorde e conquista 9.871 menções honrosas

Os vitoriosos da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) não são só os medalhistas. A maior parte dos que saem vencedores levam menções honrosas, uma outra forma de reconhecer o esforço e trabalho daqueles que estudaram e se prepararam para as provas da competição. E, na 10ª edição da Obmep, Minas se superou. O Estado nunca recebeu tantas menções: foram 9.871, contra as 9.146 da edição anterior.

Na 10ª edição da Obmep, foram distribuídas, 46.200 menções honrosas em todo o País. Cada estado distribui 600 menções – 200 em cada nível, perfazendo um total de até 16.200 menções honrosas. Outras 30 mil (10 mil em cada nível) são distribuídas entre os alunos com maior pontuação nacional.

O diretor da Escola Estadual Luiz Prisco de Braga, de João Monlevade, na região central do Estado, teve uma oportunidade única de aprender mais sobre gestão escolar exatamente pelo bom resultado que a escola teve nas menções honrosas. Em 2013, foram 17 menções honrosas, além de seis medalhas de bronze. Por causa desse número – e do trabalho feito para alcançá-lo – o diretor foi selecionado para fazer um curso sobre gestão escolar no Reino Unido.

Alunos mineiros conquistaram 9.871 menções honrosas na 10ª edição da competição. Foto: Divulgação SEE

Essas primeiras menções honrosas levam a resultados cada vez melhores. Quem ganha quer mais e quem não ganha, ao ver que é possível, busca sua própria premiação. “Muitos alunos que tiveram menção honrosa em 2013 ganharam medalha em 2014. Isso é resultado de um trabalho muito árduo, de conversa e divulgação constante”, conta Antônio. Na edição de 2013, a Escola Estadual Luiz Prisco de Braga teve menos menções honrosas — foram 15 —, em compensação, os alunos ganharam cinco medalhas de bronze e duas de prata.

A menção honrosa, como as medalhas, traz também oportunidades para os estudantes, como a participação em programas ofertados pela Obmep que estimulam os jovens talentos da Matemática a estudarem cada vez mais. Todos os medalhistas podem se inscrever no Programa de Iniciação Científica (PIC), mas, quando as vagas não são preenchidas, os estudantes com as maiores notas entre aqueles que têm menções honrosas são convidados a participar. Os alunos com menções que tem um desempenho excelente no PIC podem ainda ser convidados para participarem do processo de seleção do Programa de Preparação Especial para Competições Internacionais (PECI). Mais oportunidades vêm no curso superior através do Programa de Iniciação Científica e Mestrado (PICME), a partir do qual os estudantes podem realizar estudos avançados em Matemática simultaneamente com sua graduação.

Curso de gestão escolar no Reino Unido

O curso de gestão escolar que Antônio fez foi na Inglaterra, na cidade de Nottingham, a 200km de Londres. “Aprendemos um pouco sobre como levar a educação a um nível de qualidade superior. Foram palestras, visitas a escolas”, conta Antônio. Agora, o gestor procura aplicar o que viu no curso e durante seu intercâmbio. Segundo ele, o principal é melhorar a qualidade das aulas. “Se você consegue monitorar a qualidade da aula através do supervisor pedagógico, o restante do sistema tende a melhorar”, afirma.

Antes mesmo de fazer o curso, Antônio já sabia que essa questão era importante. E foi dessa forma que o desempenho dos alunos melhorou. “A questão que vi lá aplicamos aqui em outra escala na Matemática. O desempenho dos alunos só melhorou na nossa escola em 2012, quando melhoramos aula, conversamos com os professores, colocamos aulas extras”.

Calendário

Está disponível no site da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) o calendário com as principais datas da edição de 2015 do torneio. De acordo com o cronograma, as inscrições começam no dia 23 de fevereiro e vão até o dia 31 de março. Para mais informações clique aqui.

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