Programa irá ao ar às 10h30 da manhã deste sábado, pela Rede Minas

Neste sábado, o “Roda de Conversa” terá como tema a ‘História e Cultura Afro-Brasileira’ na educação básica. Em 2013, a Lei 10.639, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade, completou 10 anos. Em um bate papo com os especialistas convidados, o programa vai destacar como a temática pode ser trabalhada em sala de aula. O “Roda de Conversa” vai ao ar às 10h30, pela Rede Minas. A iniciativa é uma parceria da Magistra – Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores da Secretaria de Estado de Educação com a emissora de tv.

Para os especialistas que marcam presença nessa edição do programa, ‘o estudo da África e da Cultura afro-brasileira na educação básica’ é uma ação necessária uma vez que a escola é o espaço para a formação cidadã e, portanto, deve estimular os alunos à conhecerem os elementos que contribuíram para a formação da cultura nacional evitando assim, uma postura preconceituosa em relação à cultura africana.

“A escola quer ser o lugar onde se forma o cidadão. O preconceito no Brasil é tão pesado e tão espalhado que foi preciso haver uma lei que dissesse que nós temos que superar este assunto e a escola faz parte deste esforço. Então, eu acho que a escola é a grande máquina da democracia. Não haverá um país democrático sem uma boa escola pública. Uma escola pública que não enfrenta o preconceito no Brasil não cumprirá a tarefa de construção da democracia brasileira”, destaca o professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, André Lázaro.

O professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais e integrante do Núcleo de Estudos sobre Relações Raciais e Ações Afirmativas e do Observatório da Juventude da UFMG, Rodrigo Ednilson de Jesus, reforça a ideia da importância da escola na sensibilização da sociedade para o enfrentamento ao preconceito. “Talvez esse seja um dos maiores desafios de fazer reconhecer: a existência do preconceito e suas diferentes manifestações como racismo (...). Como a escola pode não só, lutar contra, mas fazer uma ação concreta de construir novas formas de relações dentro da escola e também dentro da sociedade brasileira”.

Para a educadora Shirley Miranda, a escola reproduz o contexto social com os seus problemas e avanços em diferentes aspectos como o preconceito e racismo. “A escola reproduz também alguns avanços que a sociedade vem construindo. Existe uma demanda antiga dos movimentos sociais pela inserção, não só da temática, mas por uma inserção qualificada das pessoas negras na escola e eu acho que, nós últimos anos a escola não podia ficar refratária a essa voz que vinha de fora dela”, diz a professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, integrante da coordenação do Programa Ações Afirmativas na UFMG e do Curso de Formação Intercultural de Educadores Indígenas da UFMG.

O “Roda de Conversa” também é exibido pelo Canal Minas Saúde. Outra forma de acompanhar as edições do programa são os canais de YouTube da Secretaria de Estado de Educação e YouTube da Magistra e no Centro de Referência Virtual do Professor (CRV).

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