No mês em que é comemorado o orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e outros grupos minorizados), alunos da Escola Estadual Alberto Giovanini, em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, não deixaram o assunto passar em branco.
No último dia 15, eles realizaram uma roda de conversa com o tema “As dificuldades enfrentadas por LGBTs no Brasil”. Na ocasião, o auditório da escola transformou-se em palco de discussões sobre o que cada um pode fazer para reforçar a luta contra o preconceito e a LBGTfobia.
O estudante Arthur Souza é um grande mobilizador para organizar as Rodas de Conversa e explica que, durante todo o mês de junho, os debates circundaram o tema. “Como na grade curricular não tem espaço para discussões sociais, organizamos as rodas para um maior entrosamento dos alunos por meio de conversas sobre temas importantes e atuais, que devem ser discutidos. Especificamente sobre o Orgulho LGBT, decidimos criar estes encontros porque alguns colegas e eu percebemos que certos alunos estavam com um discurso de ódio muito pesado, e aí a solução que encontramos foi chamar estes e todos os outros jovens para trocar uma ideia e tentar, de alguma maneira, descontruir esse preconceito”, explicou o estudante.
Para o jovem aluno de Coronel Fabriciano, levar esse tema para dentro da escola é muito importante. “Esta é uma realidade vivida por muitos, e criar e incentivar a aceitação da diversidade, a começar pelo ambiente escolar, é uma questão de respeito, visto que o público LGBT é excluído em muitos lugares”, comentou.
As rodas de conversa na Alberto Giovanini são organizadas em parceria com o movimento Levante Popular da Juventude, que apoia com profissionais para palestras, envio de material para estudo e discussão e organização de dinâmicas.
Avanços em Minas Gerais
Um importante passo tomado pelo Governo de Minas Gerais contra a discriminação foi a garantia, por meio da Resolução SEE nº 3.423, publicada em maio de 2017, da utilização do nome social por estudantes da rede estadual pública de ensino. Antes da publicação, nos anos de 2015 e 2016, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) havia registrado apenas oito solicitações de uso de nome social nas escolas estaduais. Entre 2017 e 2018, até o momento, já foram registrados 94 pedidos.