Realizado nos dias 3 e 4 de maio, evento reúne gestores e especialistas da SRE e de escolas estaduais de 12 cidades atendidas pela regional
A Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana C promove o 1º Encontro Pedagógico da Diretoria Educacional B. O evento reúne, no Campus Linha Verde do Centro Universitário Una, até esta quarta-feira (04/05), gestores e especialistas da Educação para debater, entre outros assuntos, as ferramentas de gestão educacional e democrática propostas pela Secretaria de Estado de Educação (SEE).
“Não adianta fomentarmos sistemas e políticas educacionais sem entendermos, de fato, o estudante e a sua realidade. Nesse sentido, a ideia do encontro é discutir maneiras para tornar a escola um espaço mais participativo e democrático, que contribuirá para pensarmos ações que incluam e deem voz à comunidade interna e externa”, explica Patrícia de Sá Freitas, assessora pedagógica da Diretoria Educacional B da Metropolitana C.
Entre os assuntos abordados no evento, está o Programa de Convivência Democrática nas Escolas, divulgado em março pela SEE. “Essa iniciativa auxilia os gestores a construírem estratégias de convivência democrática no interior da escola seja, por exemplo, através de assembleias, práticas restaurativas e espaços de fala para a comunidade”, afirma Patrícia. O Convivência Democrática objetiva a promoção, a defesa e a garantia de Direitos Humanos, além do reconhecimento e da valorização das diferenças e das diversidades no ambiente escolar.
Além do Programa, os participantes também podem conhecer um pouco mais sobre o Portal Escola Interativa, plataforma virtual – gratuita e colaborativa – disponibilizada na internet pela Secretaria. “É muito interessante termos um espaço para que os professores compartilhem suas experiências pedagógicas e é mais um instrumento que democratiza o ensino e o acesso à educação”, comenta Renata Elisa Ramos, pedagoga na Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves, localizada em Santa Luzia. Lançada em fevereiro, a plataforma dinamiza o processo de ensino e aprendizagem, auxiliando no planejamento e trabalho das competências, habilidades e conteúdos curriculares da Educação Básica nas diferentes áreas do conhecimento.
Participam do encontro mais de 300 profissionais, entre diretores, pedagogos, inspetores escolares, técnicos e analistas educacionais da SRE e das 169 escolas estaduais de 12 cidades mineiras atendidas pela Metropolitana C. “Vejo o evento como uma formação, uma oportunidade de trocarmos informações e conhecermos experiências desenvolvidas pelos colegas nas instituições em que trabalham”, comenta Elaine Cristina Rodrigues, pedagoga na Escola Estadual Senador Bernado Monteiro, em Santa Luzia.
Reprovação, Intervenção e Evasão
A reprovação e evasão escolar são temas de palestra ministrada pela analista educacional Alessandra Cristine de Miranda. A proposta é que os profissionais reflitam sobre a temática e sugiram formas de intervenção para enfrentar o problema na sala de aula e garantir o direito à aprendizagem, respeitando a trajetória escolar de cada aluno.
Para Manoel Pereira Neto, diretor da Escola Estadual Professor Batista Santiago, localizada em Belo Horizonte, a retenção não é benéfica e constitui-se como um mecanismo punitivo. “Acredito que, ao longo de um ano letivo, o estudante que não teve um desempenho satisfatório conseguiu reter, de alguma forma, parte do conteúdo ensinado. Então, antes de reprová-lo, precisamos fazer um diagnóstico para identificarmos o que ele não aprendeu e tomar medidas para reverter a situação”, explica. Ele conta que em sua escola é realizada uma prova diagnóstica para mensurar a situação dos educandos e também são desenvolvidas ações para promover a gestão participativa e democrática. “Procuramos estar em harmonia com o público interno e externo. Realizamos consultas com os alunos sobre a qualidade da merenda e outras atividades da escola.Mantemos uma comunicação próxima com os pais para estarem cientes das ações que promovemos ao longo do ano e da situação de seus filhos”, afirma.
Oficina
Durante o encontro, os profissionais participam também da Oficina de Navegação no Sistema de Monitoramento da Aprendizagem e sanam dúvidas sobre o Sistema e os Itinerários Avaliativos propostos pela SEE. “São instrumentos importantes para a gestão da escola, que permitem organizar nossas ações e demonstrar os resultados do trabalho desenvolvido pela nossa equipe”, explica Renata Elisa Ramos, pedagoga na Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves, de Santa Luzia.
Lançado em 2016, o Sistema de Monitoramento da Aprendizagem integra o Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação Pública (Simave) e reúne informações sobre todas as 3.655 escolas estaduais de Minas Gerais. Pela ferramenta, gestores e cidadãos têm ao perfil de cada unidade escolar e aos processos pedagógicos desenvolvidos pela escola.
A assessora pedagógica Patrícia Freitas destaca ainda que é fundamental os gestores atentarem-se ao uso do Sistema Mineiro de Administração Escolar (Simade). “A escola deve enviar informações consistentes e em tempo hábil, pois o Simade subsidia e interliga os demais sistemas da SEE”, DIZ.
Já os itinerários avaliativos promovem a análise de dados e debates para a construção coletiva da avaliação interna e a definição de um plano de ação nas escolas estaduais para melhorar e consolidar o processo de aprendizagem de seus estudantes. Os itinerários estão disponíveis no Simave na aba “Curso Itinerários” e também podem ser acessado pelo www.itinerariosmg.caedufjf.net.