Secretária de Educação falou sobre o Simave e a aplicação dos seus resultados na melhoria da educação mineira
Refletir com educadores, gestores e instituições públicas de ensino as perspectivas e os desafios em torno das avaliações nacionais – como a Prova Brasil e a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) – é o objetivo do Seminário Aprova Brasil, que teve edição realizada nesta terça-feira (09/06) em Belo Horizonte. Entre os palestrantes, estava a secretária de Estado de Educação Macaé Evaristo, que falou sobre o tema “As avaliações e a realidade do Estado de Minas Gerais”. Além dela, também participaram o doutor em Educação Cipriano Carlos Luckesi, autor de livros sobre Avaliação Educacional, e a vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado de Minas Gerais (Undime-MG) e secretária municipal de Educação de Itaúna, Maria Virgínia Morais Garcia.
Em sua apresentação, a secretária Macaé Evaristo apresentou aos participantes o Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (Simave), além do Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) e o Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (Proeb), avaliações que integram o Sistema.
A secretária destacou em sua fala que apenas avaliar o desempenho dos estudantes não é suficiente, mas é preciso também criar ações que tenham impacto positivo nas notas alcançadas pelos alunos. Segundo Macaé Evaristo, a atual gestão da Secretaria está repensando a forma como essas avaliações são feitas em Minas e principalmente como os resultados são apropriados. “É importante ter esse termômetro da situação educacional das nossas redes, mas, em alguns momentos, há muita avaliação e pouca ação pedagógica. O Proeb é aplicado todo ano, em novembro, e em junho os resultados são entregues. Então não há tempo de todos nós, Secretaria, equipes pedagógicas, escolas e famílias, nos apropriarmos desse resultado. É um prazo muito curto e a nossa condição de construir intervenções pedagógicas para alterar esse resultado também é bastante pequeno”.
Já o especialista Cipriano Carlos Luckesi apresentou um panorama das principais avaliações educacionais do País e debateu com os educadores sobre as reflexões mais recentes que embasam ações, especialmente para a melhoria da qualidade do ensino nos anos iniciais no ensino fundamental. Para ele, representantes da União, do Estado e dos municípios devem discutir em conjunto o papel de cada um na melhoria da educação, como é feito nesse seminário. “O sistema de ensino começa no professor, nos grupos de estudantes, e inclui a escola, o município, o estado e a federação, que tem uma responsabilidade sobre estados, municípios e professores. A ideia é tirar do estudante o foco como o responsável pelo sucesso ou pelo fracasso, mas responsabilizar todo o sistema”.
Maria Virgínia Morais Garcia, vice-presidente da Undime-MG, apresentou o painel “As avaliações e a escola”, no qual destacou o papel da escola e dos educadores nessas avaliações e o trabalho que pode vir dos resultados delas.
Aprova Brasil
O seminário realizado em Belo Horizonte é o nono de um ciclo que passa por dez estados, entre maio e junho. O evento é uma iniciativa da Fundação Santillana, com o apoio da Editora Moderna, e conta com as parcerias institucionais da Avalia Educacional, do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da Secretaria de Estado de Educação e da Undime-MG.