Já pensou em construir um brinquedo e ainda assim aprender conteúdos de Língua Portuguesa? Nas aulas de Reforço Escolar ministradas pela professora Aline Rodrigues Esteves Pessôa, isso é possível. “Acredito que fazer o aluno pensar fora da caixinha e fazer ele ver além do que está a sua frente é uma forma de construir um conhecimento adormecido dentro dele”, conta a professora de língua portuguesa da Escola Estadual Professor Estevão Araújo, no município de Jacinto.

As atividades realizadas nas aulas da Aline são interdisciplinares. “Faço a relação da língua portuguesa com tudo, pois para construir um brinquedo temos que ter uma instrução, que é um gênero textual, pesquisa de quem inventou o brinquedo, dinâmicas que trabalham a oralidade e texto verbal e não verbal, além da produção de texto, ortografia e gramática”, conclui a professora.

De forma interdisciplinar, a professora Aline auxilia os estudantes a consolidarem os conteúdos . Foto: Arquivo Pessoal

Na Escola Estadual Professor Estevão Araújo esse é o primeiro ano que o Reforço Escolar é realizado e o diretor da unidade de ensino, Gilvandário Gomes Quadras, destaca que a adesão dos estudantes foi muito boa. “Estamos incentivando a participação por meio da busca ativa. Conversamos com pais e alunos e falamos sobre a importância da iniciativa. Nossos professores também buscam motivar a participação”.

Na Escola Estadual Izoldino Soares de Freitas, em Limeira do Oeste, a maioria dos estudantes recebem o Plano de Estudo Tutorado (PET) impresso e os professores estão inovando para atender às necessidades dos alunos. “Aqui trabalhamos com o Plantão Tira Dúvidas. Gravamos vídeos envolvendo a habilidade trabalhada no PET, fazemos vídeo chamadas e buscamos sempre trabalhar a habilidade que cada estudante precisa consolidar. Buscamos fazer um atendimento bem individualizado”, conta a professora Fabiana de Souza Lima. Pelo Conexão Escola 2.0, a professora envia atividades mais objetivas e que complementam o trabalho realizado em sala de aula.

A primeira turma de reforço da escola teve início em abril deste ano e os resultados foram perceptíveis, como ressalta a diretora, Eliane Ester de Biasi. “Foi muito bom, tanto a adesão quanto o retorno que tivemos. Os professores que atuam no Reforço Escolar vieram para somar e são parceiros dos pais”.

No município de Matias Barbosa, na Escola Estadual Cônego Joaquim Monteiro, a primeira ação realizada pela professora Rita de Cássia Mattos Leite de Paiva nas aulas de reforço foi conhecer os alunos. “Fiz um questionário para conhecer melhor o estudante e saber de suas dificuldades. Esse foi meu ponto de partida para iniciar meu trabalho com eles”, conta.

Pelo Conexão Escola 2.0, Rita encaminha atividades complementares e busca sempre motivar a participação dos alunos. “Sempre tem música, charges e pequenos vídeos. Busco o audiovisual, porque eles ficam mais interessados. Em língua portuguesa, há muitas possibilidades”, afirma. A educadora finaliza elogiando a estratégia implementada pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG). “O reforço é uma das melhores estratégias de aprendizagem, porque faz com que possamos dar uma assistência individualizada ao aluno que tem dificuldades”.

Nas aulas de reforço, o primeiro passo realizado pela professora Rita foi conhecer melhor as necessidades de cada estudante. Foto: Arquivo Pessoal

Na escola, as ações do Reforço Escolar implementadas têm impactado positivamente na devolução dos PET, como conta o diretor da unidade, Leandro Dornellas Maia. “Os alunos estão mais motivados e isso auxiliou na realização dos PETs”. Na rede estadual de ensino de Minas Gerais, carga horária e frequência dos estudantes são contabilizadas por meio do PET e das atividades complementares elaboradas pelo professor.

Quer participar do Reforço Escolar?

Para participar do projeto, é necessário verificar com o diretor da unidade escolar se terá oferta na escola e se atende aos critérios de atendimento. No segundo semestre deste ano, o Reforço Escolar é direcionado aos alunos da rede estadual de ensino que estão no 6º ou 9º ano do ensino fundamental e no ensino médio e que estão em progressão continuada; apresentaram aproveitamento inferior a 60% em Língua Portuguesa e Matemática no primeiro bimestre; ou que desistiram da escolarização ano passado, mas voltaram este ano na campanha de Busca Ativa.

No programa, são ministradas aulas voltadas para os conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática. Cada escola poderá organizar a melhor forma de oferta das aulas. Os encontros virtuais poderão acontecer no 6º horário ou no contraturno. As aulas acontecerão pelo aplicativo Conexão Escola 2.0 e, nos casos em que o estudante não tiver acesso à internet, a escola deverá disponibilizar as atividades preparadas pelo professor de forma impressa.