Termo  de cooperação foi assinado nesta quinta-feira (14/06)
 
A Secretaria de Estado de Educação e a Defensoria Pública de Minas Gerais assinaram nesta quinta-feira (14/06) termo de cooperação técnica do Projeto Mediação de Conflitos no Ambiente Escolar (Mesc- Paz em Ação), que visa prevenir a violência e incentivar a resolução pacífica de problemas dentro das escolas. O projeto, que já existe há sete anos, prevê a formação de multiplicadores, entre professores e estudantes, em mediação de conflitos e convivência democrática. 
 
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Nesta nova etapa da iniciativa, que deve se iniciar no segundo semestre, serão capacitados 150 professores e estudantes, de sete escolas da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em uma delas, a Escola Estadual Renato Azeredo, referência no projeto, a formação irá para o nível avançado. A novidade é a extensão do projeto a  servidores das Superintendências Regionais de Ensino: serão 97, incluindo analistas que atuam diretamente com o eixo diversidade. A formação é presencial e será ministrada pela Escola Superior da Defensoria Pública. 
 
A defensora-geral, Christiane Malard, pontuou que a parceria com a SEE consolida e amplia uma ação de paz. “Faz parte da atuação extrajudicial e da missão da Defensoria Pública e, mais do isso, precisamos difundir a cultura da paz nas escolas para os adolescentes. Temos que combater a violência e temos que começar com os jovens, que são o futuro”. 
 
O secretário de Estado de Educação, Wieland Silbersneider, falou da importância do projeto para a Educação. “Reafirmamos uma grande diretriz da gestão do governador Fernando Pimentel junto á Educação de ter uma atuação firme nas dimensões complementares da vida educacional. Temos a questão do processo cognitivo, que é um grande desafio, mas a escola é um microcosmos da sociedade brasileira e da realidade cultural local  e ali se manifestam todos os potenciais e restrições que a sociedade brasileira tem a oferecer. E infelizmente na última década não temos ações focadas em articular a institucionalidade que está fora dos muros das escolas para potencializar a proteção dos estudantes e das famílias. A Defensoria, já com uma experiência vitoriosa, ao levar a cultura de paz e a mediação de conflitos vem se somar ao que temos tido: estruturar protocolos, fazer com que a comunidade, estudantes, professores, possam, com segurança, ter atitudes diante dos diversos desafios e o mais importantes deles é a convivência.”
 
Presente na reunião, o diretor da Escola Estadual Renato Azeredo, Djalma Tomé, uma das primeiras escolas a implantar o projeto, apontou os resultados positivos em sua atuação. “Me sinto honrado em continuar com o projeto. A escola, para quem conheceu, tinha muitos conflitos e através da mediação de conflito criou um caminho e um suporte”.  
 
A coordenadora de Educação em Direitos Humanos e Cidadania da SEE, Kessiane Goulart, destacou as ações articuladas que estão sendo empreendidas pela SEE no sentido da convivência democrática. “Vamos juntando as coisas que a gente faz. Temos o Programa Convivência Democrática, que é um programa que atua na escola dentro da prevenção, dos direitos humanos e do entendimento mais amplo das violências, e de soluções dialogadas de situação de conflitos. A gente pensa que, numa escola em que a tendência seria fazer boletim de ocorrência, chamar a polícia, a gente vê que, através do diálogo, podemos resolver o problema e a gente vê que os projetos que a gente propõe vão se complementando”.
 
A coordenadora do Projeto Mediação de Conflitos no Ambiente Escolar (Mesc –Paz em Ação), Francis de Oliveira Rabelo Coutinho, chamou atenção para a importância do sentido de pertencimento e de partilha na condução do projeto. “Quando vc partilha sentimentos e acredita que o seu trabalho vai gerar frutos e vem uma outra palavra que é a gratidão. Queria agradecer a todos e dizer que este aprendizado na escola tem sido muito frutífero para a minha vida.”
 
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Estavam presentes ainda na reunião a Coordenadora de Projetos, Convênios e Parcerias da DPMG, Tífanie Avellar Carvalho; da diretora da Escola Superior da Defensoria Pública (Esdep), Hellen Caires Teixeira Brandão;  da voluntária do projeto, Danielle Pereira da Silva. (foto: Defensoria Pública de Minas Gerais)