Profissionais da educação consideram as mudanças no Simave importantes para elevar o nível de proficiência da escola

A roda de conversa do Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação Pública (Simave), que aconteceu nesta terça-feira (5), no Auditório JK, na Cidade Administrativa, repercutiu positivamente entre os profissionais da Educação presentes no evento. A iniciativa foi da Secretaria de Estado de Educação e reuniu diretores das 47 Superintendências Regionais de Ensino, supervisores pedagógicos e diretores de escolas estaduais de Belo Horizonte.

A diretora da Escola Estadual Alberto Delfino, de Belo Horizonte, Sônia de Jesus Pereira Santos, esteve no encontro e comentou que o novo Simave está comprometido com a redução das desigualdades educacionais, além de deixar de lado as disputas competitivas de ranking. “Estou percebendo as propostas como um grande avanço. Já há algum tempo necessitávamos rever, ressignificar o sistema de avaliação nas escolas do Estado. Este momento está legitimando o processo do Conselho de Classe na escola em que atuo, pois este ano os alunos participarão deste conselho”, enfatiza a diretora.

Sônia avalia que as mudanças estruturais, de parâmetros e de concepção do Simave, irão garantir a melhoria da qualidade da educação e a promoção da equidade educacional. "Precisamos acreditar que saímos daqui hoje imbuídos do espírito de que esta avaliação cria possibilidades de formar um ser humano de múltiplas potencialidades. Ela inclui todos os seres indistintamente, possibilitando a conclusão do nosso fazer pedagógico. Afinal, educar para a equidade é o eixo do nosso trabalho”, declara.

A secretária de Educação, Macaé Evaristo, participou da abertura do evento. Foto: Reinaldo Soares/ACS-SEE

De acordo com a diretora da Escola Estadual Laice Aguiar, de Belo Horizonte, Leila de Fátima Mapa, também presente no evento, o Simave vai apoiar a elaboração de estratégias mais eficazes ao longo da educação básica, ajustadas às necessidades dos estudantes. “Considero a nova proposta para avaliação de extrema importância, ao propiciar um olhar diferente para a escola. A avaliação anterior era meramente quantitativa. Hoje, o processo é qualitativo, fato que elevará o nível de proficiência da escola”, ressalta.

Leila aponta que o novo Simave contribuirá para o desenvolvimento da educação pública em Minas Gerais, ao estabelecer um novo paradigma de avaliação que estimule a cultura de participação da escola, na busca de alternativas de melhoria. “A máscara que era colocada diante dos resultados fazia uma interpretação errônea da realidade. Isso prejudicou a imagem que a Secretaria tinha perante a comunidade escolar. Mas, em pouco tempo, a nova gestão conseguiu enxergar o problema, fazendo mudanças relevantes no processo de avaliação educacional”, afirma.

Cerca de quinhentos profissionais da educação compareceram ao evento no Auditório JK. Foto: Mônica Profeta/ACS-SEE

A superintendente de Avaliação Educacional da Secretaria de Educação, Geniana Guimarães Faria, acredita que os resultados das avaliações externas precisam ajudar os educadores a repensar o processo pedagógico. “Precisamos ir além dos resultados. Os resultados por si só não nos ajudam muito. É preciso ‘pedagogizá-los’. Eles não podem ter um fim neles mesmos. Por isso, nós, educadores, precisamos estar aptos a não só recolher e sistematizar dados quantitativos, mas também devemos estar preparados para a produção de subjetividades que tenham por finalidade a transformação da realidade na qual estamos inseridos”, enfatiza Geniana.

A superintendente destaca ainda que o novo Simave propõe um programa que “integre planejamento e promova a participação e aprimoramento das potencialidades dos sujeitos à luz do compromisso com o fortalecimento da escola pública, como um ambiente construído coletiva e socialmente”.

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