Proposta tem como foco reconhecer os saberes dos profissionais

A Secretaria de Estado de Educação (SEE) está buscando cada vez mais valorizar os educadores promovendo o seu desenvolvimento profissional e reconhecendo os saberes por eles construídos. Considerando que os profissionais da educação são os que mais conhecem suas demandas e desafios, a partir deste ano, eles serão estimulados a construir Coletivos de Formação Docente. A ideia é que sejam formados grupos dentro das próprias escolas estaduais que deverão discutir temas variados que fazem parte da rotina escolar.

“Essa iniciativa pretende valorizar os saberes dos profissionais. Cada escola, a partir de suas demandas e potencialidades, vai construir autonomamente os seus grupos de formação. Vai ser uma construção democrática. Por exemplo, se for identificada a necessidade de uma formação voltada para a questão de gênero ou para a convivência democrática, e um professor tiver conhecimentos nessas temáticas, ele poderá formar um grupo para compartilhar seus saberes com os pares”, destaca a coordenadora de Políticas de Formação dos Profissionais em Educação da SEE, Gláucia Aparecida Vieira. “No caso de não existir dentro da equipe alguém capaz de suprir as demandas, o grupo poderá fazer convites para profissionais de outras entidades ou universidades. A ideia é que os educadores sejam os protagonistas do processo formativo, na perspectiva do desenvolvimento profissional”, acrescenta.

A orientação da Secretaria é que as escolas se organizem para que cada professor participe, pelo menos, de um encontro de 4 horas de trabalho por mês, utilizando o tempo que ele tem no Módulo II, que é o período em que o professor deve dedicar também à sua formação. Os critérios que determinarão as características dos grupos dependerão das especificidades de cada contexto.

Grupos de trabalhos, redes de troca e seminários de inovações educacionais

A iniciativa será dividida em três níveis: Grupos de Trabalhos, Redes de Troca e Seminários de Inovações Educacionais. Os Grupos de Trabalho deverão se constituir dentro da própria escola. As Redes de Trocas deverão acontecer a partir do compartilhamento de experiências entre os professores de diferentes escolas. A sugestão é que sejam escolas geograficamente próximas para que os professores consigam se reunir com seus pares, pelo menos, uma vez por bimestre. Já os Seminários de Inovações Educacionais deverão ser realizados pelas Superintendências Regionais de Ensino (SREs), uma ou duas vezes por ano, para que os profissionais tenham a oportunidade de compartilhar os resultados do trabalho desenvolvidos junto aos estudantes, como registros, avaliações e produtos resultantes de projetos pedagógicos.

Para auxiliar nas discussões, a Secretaria vai elaborar roteiros a partir das demandas dos grupos. “É importante que a Secretaria dê respaldo dos conteúdos temáticos a serem aprofundados pelos Grupos de Trabalho. O que estamos pensando é que as nossas equipes pedagógicas elaborem roteiros e/ou de encontros formativos com a indicação, por exemplo, de textos, vídeos, entre outros, que poderão trazer algumas questões de reflexão para subsidiar as discussões. Serão sugestões de roteiros que pretendem nortear os encontre que elaboraremos a partir das demandas”.

A proposta de construção dos Coletivos de Formação Docente já foi apresentada aos diretores das Superintendências Regionais de Ensino, que deverão repassar o conteúdo para os profissionais das escolas de suas regionais. A Secretaria também elaborou uma orientação para a criação dos coletivos.

Confira AQUI o documento orientador.