Representantes dos 12 Conservatórios Estaduais de Música (CEM) de Minas Gerais se reuniram, em Belo Horizonte, nesta terça (12/11) e quarta-feira (13/11), para debater, em conjunto, novos desafios, metas e caminhos para o desenvolvimento do ensino aprendizagem das linguagens artísticas aplicadas nas unidades. Cerca de 36 pessoas participaram das atividades, entre os integrantes dos CEMs e das Superintendências Regionais de Ensino (SREs).
Segundo o diretor de Modalidades de Ensino e Temáticas Especiais da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), Alexis Campos Alves, os debates foram importantes e serviram para dar o direcionamento e o apoio para deixar a experiência dos conservatórios ainda melhor. Segundo ele, foram trabalhadas formas de alinhamento, atendimento e funcionamento das unidades. “A tendência é que os conservatórios fiquem mais fortalecidos, trabalhem de uma forma mais uniforme, não única, respeitando as especificidades de cada região, de cada conservatório, mas seguindo uma mesma linha para que haja unidade”, afirmou Alexis.

Entre as possibilidades de melhora está o alinhamento da matriz curricular, da duração dos cursos da mesma modalidade, além do sistema de matrículas, frequência e notas.
Troca de experiências
O encontro também serviu para aproximar ainda mais as SREs das necessidades e particularidades apresentadas pelos conservatórios. A troca de informações foi comemorada pela analista educacional da SRE de Ituiutaba, Leila Aparecida Furtado. Segundo ela, a oportunidade serviu para perceber que, mesmo tendo autonomia, há pontos de anseio em comum com outras escolas. “A gente verificou, com esse encontro, que há necessidade de acompanhamento e de orientação da parte pedagógica. A intenção agora é ouvir os anseios e, a partir disso, propor soluções”, analisou.
Ensino mais eficiente
A oportunidade de ter as demandas dos conservatórios apresentadas para a SEE e analisadas pelo órgão animou a diretora do Conservatório de Leopoldina, na Zona da Mata, Simone Ferreira Seoldo, “Estou muito feliz e esperançosa com esse encontro que estamos tendo aqui. Eu tenho certeza que vamos ter boas notícias e também bons resultados para a implantarmos dentro das nossas escolas”, disse.
O diretor do Conservatório que fica em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, também considera que a SEE dá um importante passo para valorizar e tornar o ensino e o funcionamento dos conservatórios mais eficientes. “Nós temos uma resolução que diz como o conservatório funciona e nós acabamos de refazê-la. Isso vai resolver um monte de problema. Estamos felizes com isso”, analisa.

Funcionamento
Os 12 Conservatórios Estaduais de Música (CEM) ofertam cursos regulares de Educação Musical, de três anos, que podem representar o ensino fundamental em áreas musicais para crianças, jovens e adultos, e cursos técnicos em instrumento e canto, representando o ensino médio técnico em música, também para o mesmo público. Além do ensino regular, desenvolvem cursos e projetos de extensão sobre a música e suas correspondências com teatro, dança, artesanato, design, empreendedorismo e produção cultural. Atualmente, cerca de 35 mil alunos estão matriculados nos Conservatórios Estaduais.