A secretária de Estado de Educação, Vanessa Guimarães Pinto, faz a entrega, nesta quarta-feira, no Centro de Referência do Professor – Praça da Liberdade, s/nº, dia 19, às 17 horas, do Prêmio Lúcia Casasanta, que reconhece e valoriza o mérito profissional de professores que se destacam no trabalho pedagógico com turmas de alfabetização. As vencedoras são Arlete Maria da Cruz Lana, Iê Rosane Caixeta Barbosa Brito e Maria Rita Lorêdo. Elas receberão R$ 5, R$3 e R$2 mil, respectivamente. As escolas onde atuam também serão premiadas. O Lúcia Casasanta é uma realização anual do Centro de Referência do Professor da Secretaria de Estado de Educação.

O Prêmio foi instituído pela Secretaria de Educação em 1994 em reconhecimento e estímulo ao trabalho dos professores que se dedicam à alfabetização. Recebeu este nome em homenagem à educadora mineira, autora de livros infantis clássicos como Os Três Porquinhos e a coleção As Mais Belas Histórias, considerados um marco na alfabetização de muitas gerações em Minas Gerais. Nesta edição, concorreram 47 candidatos.

A professora Arlete Maria da Cruz Lana, da Escola Estadual José Ferreira Maia, no município de Timóteo - Superintendência Regional de Ensino Coronel Fabriciano - venceu com o trabalho Momentos Lúdicos de Cognição, uma experiência inovadora e bem-sucedida para a comunidade. Ela receberá R$ 5 mil e a escola onde trabalha, R$ 2 mil.

O trabalho foi desenvolvido em 2004. Arlete recebeu uma turma do Ciclo Inicial de Alfabetização com 29 crianças, provenientes de famílias de baixa renda, muitos com problemas de defasagem na aprendizagem, desinteresse, indisciplina, baixa auto-estima e ausência dos pais. Os alunos não mostravam interesse em melhorar, aprender e freqüentar a escola. Ela aceitou o desafio. Buscou novos caminhos que possibilitassem aos alunos aprender os conteúdos de maneira significativa, prazerosa, motivadora, real. Montou uma vendinha na escola. Enriqueceu sua prática pedagógica e redimensionou o tempo e o espaço escolar.

Em torno do "ABC da Vendinha Espaço de Aprendizagem", a professora organizou atividades como pesquisas, entrevistas, excursões, exploração de textos literários e informativos. Trabalhou com a construção de conceitos básicos de mercado: cesta básica, consumo, código de barra, prazo de validade, preço, fatura, nota fiscal, pagamento à vista, à prazo, juros, oferta, pechincha, economia, desperdício. E na linha do desenvolvimento sustentável alertando para o aproveitamento total de alimentos, reciclagem de embalagem e outros.

De forma lúdica e contextualizada, foram trabalhadas todas as áreas do conhecimento, as linguagens verbal, matemática, gráfica, plástica, corporal e sobretudo a afetiva. A aprendizagem teve a participação consciente dos alunos, que se auto-avaliavam e eram avaliados pelos colegas, recebendo pontos que eram transformados em cartões e estes em bônus, que davam direito ao "dinheirinho", moeda de compra na vendinha.

Iê Rosane Caixeta Barbosa Brito conquistou o segundo lugar com o trabalho Rompendo a Barreira do Silêncio, Falando com as Mãos e Ouvindo com os Olhos, sobre o processo de inclusão de André, um aluno deficiente auditivo numa turma do Ciclo Inicial de Alfabetização. Foi uma experiência bem-sucedida para o deficiente auditivo, a classe, a professora e a escola. Todos cresceram juntos, passando da insegurança inicial para a comunicação por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os alunos interessaram-se muito pela Libras, procuraram comunicar-se com André e se desenvolveram também na leitura e escrita em português, aprenderam a ser mais solidários e a dar valor aos órgãos dos sentidos.

A professora mostra que incluir não é só fazer com que o aluno com necessidades especiais ocupe um espaço físico dentro da escola. É compreender e aceitar suas diferenças e necessidades, oferecendo metodologia adequada, dando a oportunidade para revelar e desenvolver suas capacidades e habilidades e, mais ainda, mostra que os ouvintes precisam ser incluídos no universo dos surdos. A ela caberá o prêmio de R$ 3 mil e R$ 1,5 mil para a Escola Estadual Dona Francisca Tann Bias Fortes, do município de Poços de Caldas – SRE Poços de Caldas, onde trabalha.

A terceira colocada, Maria Rita Lorêdo, da Escola Municipal Santa Maria, zona ruaral de Muriaé, desenvolveu o trabalho Das Formas às Fórmulas, que se destaca por focalizar a dimensão estética da formação dos alunos. A proposta torna-se mais relevante por escola rural. O projeto articulou o estudo de obras de arte com oportunidades de refletir sobre os outros objetos de conhecimento, como a Geometria, a História, a Geografia, a linguagem escrita e temas transversais relacionados às obras de arte analisadas. No caso da língua escrita, destacam-se diferentes situações de leitura e de produção de textos envolvendo biografias de pintores, relatórios, gráficos, apreciação de obras de arte, músicas, entre outros. Ela vai receber R$ 2 mil e a escola, R$ 1,5 mil.

Telefones de contato das professoras premiadas:

    * Arlete Maria da Cruz Lana: (31) 3845-1150 (escola) ou (31) (8887-0997)

    * Iê Rosane Caixeta Barbosa Brito: (35) 3722-3475 (escola)

    * Maria Rita Lorêdo: (32) 3722-2849 (Superintendência Regional de Ensino de Muriaé)

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