A capacitação, feita na Magistra, é a primeira do Núcleo depois do evento de universalização do Reinventando o Ensino Médio

Analistas do Núcleo de Apoio Pedagógico ao Ensino Médio (Napem) da Secretaria de Estado de Educação e das Superintendências Regionais de Ensino (SRE) Metropolitanas A, B e C fizeram, na manhã de hoje, uma capacitação sobre as lousas interativas, na Magistra. Os 24 participantes, doze da SEE e doze das SREs, aprenderam com técnicos da SRE Metropolitana B e da Secretaria como instalar e utilizar o equipamento que estará presente em todas as 3.686 escolas da rede.

Agora, a equipe do Napem central vai repassar o conteúdo às equipes dos Napens regionais, enquanto os profissionais das SREs da região metropolitana já podem treinar seus professores. Os Núcleos foram criados para atender as escolas onde o Reinventando o Ensino Médio já foi implantado e ajudar no treinamento dos professores das demais escolas, que começam a oferecer as disciplinas das áreas de empregabilidade no ano que vem.

Segundo Sônia Andere Cruz, subsecretária de Tecnologias e Informações Educacionais, 2.502 escolas da rede estadual de Minas já possuem a lousa digital. Foto: Lígia Souza ACS/SEE

O objetivo do uso da lousa é inovar e tornar as aulas mais atrativas para os alunos. “Os alunos estão acostumados com computadores e celulares, então uma aula só com o professor falando e material impresso em papel não é interessante para eles”, afirma a analista educacional, que atua como técnica pedagógica da SRE Metropolitana B, Eudna Ferreira de Souza. Com o equipamento, o professor pode dar uma aula de forma diferenciada, fazer jogos e mesmo entrar em sites. O conteúdo, que pode ser uma apresentação do powerpoint ou um site, por exemplo, é projetado na parede ou em um quadro branco e, com o sensor próximo e a caneta em mãos, o professor pode escrever sobre ela ou movê-la.

Uma das possibilidades apresentadas pelos técnicos que ministraram o curso é o uso do Google Maps: o professor abre o site e usa o mapa da plataforma para ensinar geografia, por exemplo. O assistente técnico educacional da Diretoria da Apoio Operacional e Controle de Rede, André Bonutti, dá outra possibilidade: “O professor pode usar uma apresentação em powerpoint e, enquanto apresenta, fazer observações no quadro. Depois, é possível salvar o arquivo em PDF com as alterações que ele fez e mandar por e-mail para os alunos”. O sistema operacional do projetor é o Linux Educacional, que também oferece diversos recursos que podem ser usados em sala com a lousa, como um xadrez que pode ser jogado entre alunos na tela, e outros jogos educacionais.

A subsecretária de Tecnologias e Informações Educacionais, Sônia Andere Cruz, acredita que a lousa interativa dá diversas opções para o professor, mas o trabalho ainda está nas mãos do educador. Ela afirma que “não é a máquina que vai tornar uma aula mais interessante, é a capacidade do professor de usar esse equipamento no processo de ensinar. É muito importante que o educador se sinta motivado a um desafio, porque isso é um desafio. Temos que motivá-los a usar esse equipamento e acreditar que ele possa desenvolver essa habilidade e tornar suas aulas mais interessantes”.

Vitor Lucas Maciel, da SRE Metropolitana B, é analista do Napem e participou do curso. Seu próximo passo será levar o que aprendeu ali para os professores do ensino médio das escolas de sua regional. Para o educador, o uso da tecnologia vai favorecer a prática pedagógica. “O aluno está com uma linguagem digital mais avançada e o professor não está atualizado em relação às novas tecnologias. O equipamento faz com que as aulas sejam mais atrativas, criativas e tenha mais integração entre professor e aluno, o que faz o processo de ensino e aprendizagem mais eficaz”, afirma.

Técnicos mostram como o Google Maps poderia ser usado em aula com a lousa interativa. Foto: Lígia Souza ASC/SEE

Equipamentos

Todas as 3.686 escolas da rede estadual terão as lousas interativas. Até o momento, 2.502 delas receberam o equipamento. “A prioridade foram aquelas que receberam, no ano passado, o projetor multimídia Arthur, que é usado junto com a lousa”, afirma Sônia Andere Cruz, subsecretária de Tecnologias e Informações Educacionais. Todas as escolas que oferecem o ensino médio terão duas lousas e as de ensino fundamental uma. A professora conta ainda que os equipamentos restantes já estão sendo comprados e, assim que chegarem, serão encaminhados.

Capacitações do Napem

Esse é o primeiro treinamento do Napem depois do evento de universalização do Reinventando o Ensino Médio, realizado entre os dias 20 e 22 de maio. Como no ano que vem ele será implementado em todas as escolas que oferecem essa fase de ensino, esse trabalho torna-se mais intenso. “Já está no ar o curso virtual do Reinventando para os professores e temos acompanhamento constante e capacitação, principalmente das áreas de empregabilidade. Vamos fazer também encontros e videoconferências por pólos, para treinarmos os diretores, vice-diretores e especialistas para que eles possam implementar a iniciativa da melhor forma possível em suas escolas”, conta a gerente do Reinventando o Ensino Médio, Cynara Quintão.

O analista da SRE Metropolitana B, Vitor Lucas Maciel, espera o melhor. “As escolas agora estão iniciando o processo de entender o que é o Reinventando. Com essas capacitações vamos poder esclarecer as dúvidas e fazer com que as informações cheguem com mais propriedade. Agora, dentro das escolas, vamos nos aproximar mais, conhecer as particularidades de cada uma e levar a Secretaria de Estado de Educação até elas”, afirma. Hoje, essa foi a única capacitação de Vitor e das equipes regionais, mas o Napem central continua na Magistra para fazer duas capacitações: uma sobre os cursos virtuais que os professores já estão fazendo, nos quais os analistas trabalharão como tutores, e outra sobre a plataforma Moodle.